Dentro e fora dos limites da cidade sagrada havia uma alta montanha, no cimo da qual havia um belíssimo palácio, habitado por um Rei resplandecente em Sabedoria e Amor. A montanha era inacessível para a maioria dos peregrinos embora, de quando em quando, alguns, mais aventureiros, tentassem subi-la. Uns poucos, talvez mais ousados ou persistentes, muniam-se de apetrechos considerados por eles como seguros e iam fazendo a sua caminhada.
Entretanto, quanto mais se
aproximavam do topo, mais os obstáculos do caminho impediam o seu avanço e,
assim sendo, eles retornavam.
Os poetas, ao
regressarem, faziam versos sobre o caminho, a caminhada, as dificuldades do
percurso e até arriscavam – na sua imaginação – descrever aquilo que não tinham
visto.
Os letrados, ao
voltarem, escreviam livros e tratados sobre como deveriam proceder aqueles que
pretendiam subir a montanha. Embora os seus escritos contivessem muitos
detalhes importantes, não conseguiam esclarecer – nem aos iniciantes nem a quem
quer que fosse – alguma coisa a respeito das etapas finais, que eles tampouco
haviam atingido.
Os devotos, ao
voltarem, cantavam hinos e louvores nos quais enalteciam a figura do grande Rei
que jamais tinham conhecido.
E assim se passavam os anos sem que
ninguém conseguisse atingir o objetivo final, ou seja, chegar ao Rei.
Um dia, uma peregrina chegou à cidade sagrada e dispôs-se a subir a montanha. No início, ia concentrada em si mesma, nos seus esforços, nos seus desejos, nos seus pensamentos e, assim, caminhava a passos lentos porque os seus pés pesavam como chumbo. Mas, ainda assim, persistia, apesar das dificuldades e tropeços da jornada.
Um dia, uma peregrina chegou à cidade sagrada e dispôs-se a subir a montanha. No início, ia concentrada em si mesma, nos seus esforços, nos seus desejos, nos seus pensamentos e, assim, caminhava a passos lentos porque os seus pés pesavam como chumbo. Mas, ainda assim, persistia, apesar das dificuldades e tropeços da jornada.
Depois de muito tempo de caminhada, uma pequena avezinha que tentava voar para o alto da montanha carregando no seu bico uma frutinha enorme para o seu tamanho despertou a atenção da peregrina. Ela viu que, após várias tentativas infrutíferas, a avezinha simplesmente se desembaraçou da sua carga e seguiu voando livre para o alto da montanha.
Vendo em toda esta situação uma
lição, a peregrina refletiu e achou que – ela também – talvez estivesse
carregando uma carga pesada demais, o que lhe dificultava o avanço.
Fez uma retrospectiva da sua
caminhada e substituiu o seu desejo inicial pela aspiração de chegar e, em vez
de se concentrar apenas em si mesma, aspirou chegar ao topo para poder voltar e
auxiliar os outros caminhantes que tivessem o mesmo intento a encontrar o
caminho mais seguro.
Teve a ideia de ofertar ao Rei cada
pensamento que lhe aflorava à mente; assim, a sua carga ficava mais leve.
O mesmo fez, não só com os
pensamentos como com tudo o que sentia, que percebia, que entendia. E assim
foi, caminhando, aquela – aparentemente – frágil peregrina, oferecendo o seu
cansaço, as suas dores, tudo, em homenagem ao Rei que aspirava conhecer.
Quando conseguiu atingir o topo e entrou no palácio, constatou que o trono estava vazio. Foi então que ouviu claramente uma voz como um trovão que lhe disse: “Sobe e senta-te!”. O Rei e ela eram finalmente UM!
Conto Popular
É lindo vou levar pro meu céuzinho logo mais logo menos! :)
ResponderExcluirNa verdade o seu blog é ótimoooo!!! :) :) :)
http://jasonjrcajazeir.blogspot.com.br/
Lindo! =)
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