A palavra ALQUIMIA vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química". Sua origem perde-se no tempo, existiram alquimistas na China milenar, bem como na Índia. Mas para nós ocidentais, o berço da alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que a alquimia tomou as feições que conserva até nossos dias.
Voltando ao velho alquimista, a principal matéria que era transmutada, era ele mesmo. À medida que se sucediam as etapas que lhe conduziriam até a Pedra Filosofal, ele tinha a sua essência transformada, atingindo um outro nível de consciência. Essa auto-transformação é que se constituía no verdadeiro "elixir da vida eterna".
O texto alquimico mais antigo que se tem notícia é conhecido como a Tábua Esmeraldina e a data exata da sua criação ainda não foi determinada, mas sem dúvida pertenceu à época pré-cristã. Seu autor, Hermes Trismegisto, era o deus do antigo Egito, Thot, que era o deus que regia as artes e ciências sagradas. Este texto e todos os outros atribuídos a Hermes foi chamado de Corpus Hermeticum, que foi o ponto de partida da alquimia.
O texto alquimico mais antigo que se tem notícia é conhecido como a Tábua Esmeraldina e a data exata da sua criação ainda não foi determinada, mas sem dúvida pertenceu à época pré-cristã. Seu autor, Hermes Trismegisto, era o deus do antigo Egito, Thot, que era o deus que regia as artes e ciências sagradas. Este texto e todos os outros atribuídos a Hermes foi chamado de Corpus Hermeticum, que foi o ponto de partida da alquimia.
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Percebendo a alquimia como um trabalho interior, Jung encontra nela a base para a sua psicologia analítica e mergulha profundamente em seu estudo. Vale lembrar que o ouro é considerado o mais perfeito dos metais pois dificilmente se oxida, não perde o brilho e acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente até ele no interior da terra. Portanto, a transmutação é considerada um processo natural. Os alquimistas somente acelerariam este processo, realizando as transmutações em seus laboratórios.
Da mesma forma, o processo de individuação humano, é um processo natural, espontâneo da psique, e a tarefa do psicoterapeuta é apenas acelerar o processo. A natureza é sábia e em seu curso sempre nos pressiona à totalidade, mas se nos deixamos vitimizar por nossos aspectos obscuros, acabamos por retardar esse processo. A psicologia analítica do Jung visa exatamente a identificação desses aspectos, e a aceleração do processo de reconhecimento e assimilação.
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Jung se deu conta então, que a busca alquímica era uma busca espiritual, e que o alquimista, buscando encontrar o espírito mercurial na matéria, acabava por encontra-lo em si mesmo, e ainda, que em sua busca de transformação da matéria, por analogia, acabava por transformar a si próprio. O que era projetado na matéria era o interior do próprio alquimista. O alvo da alquimia é portanto a transformação gradual da forma material, no interior da qual está expressa uma força ou poder, numa direção que vai do grosseiro para o requintado, do material vil ao ouro. Possuímos em nosso interior, material suficiente a ser transmutado numa consciência mais abrangente. Existe em cada um de nós uma centelha da divindade e é essa mesma divindade que tanto a alquimia como a psicologia analítica tenta redimir da prisão da matéria.
O ouro simbolicamente, é análogo à natureza divina do homem. Assim como o Sol e o coração, ele é uma imagem simbólica. Cada estágio alquímico corresponde à um nível de crescimento da alma que se manifesta de forma simbólica.
Na alquimia vemos constantemente uma imagem de um rei velho que morre, essa imagem também se apresenta como um símbolo da necessidade da morte do velho ego, já que o objetivo do alquimista não é morrer a fim de alcançar o céu e sua bem-aventurança, mas passar por várias mortes psicológicas, até se tornar algo melhor e mais puro, o ouro, o mais nobre dos metais.
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"A alquimia representa a projeção em laboratório de um drama ao mesmo tempo cósmico e psicológico." C. G. Jung .
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Imagem: Emblema secreto dos Rosacruzes.
V.I.T.R.I.O.L. significa: "Visita Interiorem Terra e Rectificando Invenies Occultum Lapidem", que quer dizer: "Explore o interior de si mesmo e retificando", isto é, transformando, "descubra seu tesouro oculto".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente artigo. Sigamos transmutando tudo o que é mundano em algo precioso. A começar por nós mesmos! Bjo querida
ResponderExcluir(vi seu comentärio lá no post comemorativo da minha coluna. Valeu pelos votos!)
Encontrei seu blog no espaço da Ana, no Cheiro de flor quando ri... Estava lá no Jardim dela. Entrei, li e curti muito. Já sou seguidora.
ResponderExcluirbjos
Maria J Fortuna
Obrigada queridos!
ResponderExcluirAdoro receber visitas, comentários e e-mails! Um grande beijo, com amor e respeito.