
Pode ser interpretada também como o nosso eterno processo de construção, destruição e reconstrução, a vida-morte-vida, tão importantes para a nossa evolução.
.
No ciclo eterno das mudáveis coisas
No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.
(Ricardo Reis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os seus comentários são muito bem vindos e enriquecem este espaço. Gratidão por estar aqui e compartilhar a sua opinião. Seja bem vindo(a).