segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O resgate individual com Ártemis


Texto de Rosane Volpatto

Todos nós conhecemos a imagem de Ártemis (Diana, para romanos), que foi esculpida e pintada como uma Deusa Lunar esguia, virginal, acompanhada de cães ou leões e trazendo um arco dourado nas mãos. Ela era a deusa mais popular da Grécia. Ela habita as florestas, bosques e campinas verdejantes, onde dança e canta com ninfas que a acompanham. Ártemis/Diana era o ideal e a personificação da vida selvagem da natureza, a vida das plantas, dos animais e do homens, em toda sua exuberante fertilidade e profusão. Rodeava à Ártemis uma pureza, um inflexível autonomia, que conectava os amplos espaços inexplorados da natureza com a solidão que todo o ser humano precisa para descobrir uma identidade única.


O Arquétipo da feminilidade desta Deusa-Virgem, começa a se tornar importante novamente. Por muito tempo permanecemos à sombra da feminilidade absoluta, sob a influência de uma realidade masculinizada.
Ártemis/Diana é tão linda quanto Afrodite e nos fala que a solidão, a vida natural e primitiva pode ser benéfica em algumas fases de nossa vida. Amazona e arqueira infalível, a Deusa garante a nossa resistência a uma domesticação excessiva. Além disso, como protetora da fauna e flora, ela é uma figura associada à ecologia contemporânea, onde há necessidade de salvaguardarmos o que ainda nos resta.


Uma parte deste redespertar da espiritualidade artemisiana já vem ocorrendo há vários anos na Europa, mas já chegou também ao Ocidente. Na Grã-Bretanha, redescobriu-se a antiga Deusa Branca dos celtas, graças ao maravilhoso livro "White Goddess", de Robert Graves. Hoje já há também uma nova compreensão sobre feitiçaria, sob o nome de Wicca. 


Esta religião-arte, nada mais é do que a "antiga religião" de Diana/Ártemis. Aquelas mulheres que praticavam o culto à Deusa Diana vieram a ser identificadas com as chamadas bruxas e foram perseguidas e exterminadas. 

Entretanto, junto com a Wicca e outros movimentos semelhantes, está ocorrendo uma importante ressurreição das antigas tradições xamânicas e de cura nos quatro cantos do mundo. Todos os tipos de neo-pagãos têm buscado as origens reais ou reconstruídas do xamanismo.
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Reflexão de Ártemis (extraído do Oráculo da Deusa - por Amy Sophia Marashinsky):
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Ártemis atira-lhe sua flecha da individualidade, convidando-a(o) a concentrar-se em si mesma(o). Você tem estado demasiadamente ocupada(o) com outros que esquece de si mesma? Há bastante tempo não tem um espaço só seu? Os limites de sua individualidade encontram-se difusos e indistintos? Sua personalidade é desprezada ou aniquilada pelos outros, pois eles sempre impõe suas necessidades antes das suas? Pois aqui e agora é hora de ser você mesma(o), se impor como pessoa com identidade própria e não viver mais a vida dos outros. 

É hora de seu resgate individual, de celebrar e fortalecer a pessoa maravilhosa que você é. Ártemis lhe diz que a totalidade é alimentada quando você se honra, se respeita e dedica um tempo para si mesma. Ela também pergunta como você pode esperar conseguir o que quer se não tiver um "eu" a partir do qual atirar para alcançar seu objetivo?
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Fonte (leia o artigo na íntegra) em: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusadiana.html

2 comentários:

  1. O centramento é extremamente necessário para que haja um equilíbrio interno. Favorece a escuta do próprio ser que, por sua vez, confere: força, clareza para tomar decisões, a delimitação do território interno e paz de espírito.

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  2. Adelia, você está corretíssima! A escuta interior é fundamental... principalmente quando conseguimos calar a voz do ego (ligada à mente) e ouvir a voz da alma (ligada ao nosso coração). Sempre com equilíbrio, buscando o caminho do meio!
    Obrigada por sua visita! Sinta-se acolhida e em casa aqui. Abraços.

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