domingo, 27 de setembro de 2009

Vamos curar a TERRA?


A nossa querida mãe terra - GAIA - está precisando de CURA, muita cura. Estamos vivendo na era do consumismo desenfreado, na qual está imperando no mundo o modelo americano capitalista (fruto do patriarcado), que visa o lucro e o poder. Em nome disso, muitas indústrias degradam o meio ambiente sem pensar nas gerações futuras.

A ordem do capitalismo é vender, vender e gerar cada vez mais lucro. Por outro lado, as pessoas entram num ciclo vicioso de comprar aquilo que não precisam para impressionar pessoas que nem conhecem. Este é um modelo de absurdas inversões de valores que geram as disparidades e crueldades que estamos vendo nos reinos da natureza. E o pior é que essa neurose coletiva está acarretando diversas doenças, desde a ansiedade, a síndrome do pânico até a depressão. Claro, essa cultura leva a um vazio interno muito grande. É preciso repensarmos a nossa vida, a nossa sociedade, este modelo que estamos vivendo sem nenhum questionamento.

Retrocedendo um bocado na história para tentarmos entender as raízes do patriarcado, verificamos que no período Neolítico, que durou cerca de 10 mil anos, predominava naquela época a sociedade matriarcal - onde havia a cultura de caça para a sobrevivência, e a mulher era vista como um ser sagrado, visto que somente ela tinha o poder de gerar a vida. A transição do período Neolítico para a Idade dos Metais (período marcado pelo início da fabricação de instrumentos metálicos) foi marcado pelas lutas por conquista de territórios e terras férteis para o plantio, em que começaram a surgir as primeiras aldeias, depois as cidades, Estados, Impérios, e assim sucessivamente, criando-se as sociedades patriarcais, em que predomina a lei do mais forte. Nesse contexto, a mulher foi ficando reduzida ao âmbito doméstico; e junto com isso os valores "femininos" (cuidar, nutrir, proteger) também foram sendo relegados a segundo plano.

O atual movimento de retorno do Sagrado Feminino é uma tentativa de resgatar os valores do "feminino" - tanto no nível individual quanto no coletivo - pois enquanto privilegiarmos os valores ligados ao "masculino" (luta, poder, conquistas), estaremos colaborando com este desequilíbrio do patriarcado, que gera guerras, conflitos e também a devastação do nosso planeta. O ideal é trilharmos o CAMINHO DO MEIO, pois tanto os valores masculinos e femininos são igualmente importantes se vivenciados com sabedoria e equilíbrio.

No meu ponto de vista, a melhor solução é sempre a busca pelo autoconhecimento e a valorização do sagrado em nossas vidas. Ao ampliarmos a nossa consciência, deixamos de ser vítimas manipuláveis deste modelo capitalista doentio e passamos a ser agentes de transformação. Compreendemos que a nossa verdadeira busca é interna. Fortalecemos o nosso centro de poder (nosso coração) e com isso aprendemos a viver cada dia em total presença no momento presente. Íntegros, inteiros, verdadeiros. Este preenchimento interior nos permite deixar fluir a nossa vontade e a nossa luz, o que nos leva a um sentido de felicidade, plenitude, de respeito aos nossos limites e também dos outros, e de reencontro com o divino em nós.
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Kátia Bueno

Um comentário:

  1. Olá Kátia
    Parabéns pela belíssima página, com conteúdos tão importantes.
    Abraços fraternais

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