quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Quando eu for somente um sonho


Venho para falar Dele a todos,
De como guarda-Lo no peito
E da disciplina que atrai Sua graça.
A ti, que me pediste
Guiar-te a presenca do meu Bem-Amado,
Com minha silenciosa mente te advertirei,
Ou falarei contigo, através de um doce e expressivo olhar,
Sussurrarei baixinho com a voz do meu amor,
Ou te alertarei em voz alta quando te afastares Dele.
Mas quando eu me tornar apenas uma lembrança,
Ou imagem mental, ou voz silenciosa,
Quando nenhum apelo terrestre revelar
Meu paradeiro no espaço insondável,
Quando nenhuma leve súplica ou ordem severa
Trouxer de mim uma resposta,
Sorrirei na tua mente quando estiveres certo,
E quando errares, chorarei através de meus olhos,
Fitando-te veladamente na escuridão.
E chorarei através de teus olhos talvez;
E murmurarei através de tua consciência,
E raciocinarei contigo usando da tua razão,
E amarei a todos através de teu amor.
Quando não mais puderes me falar,
Lê meu "Sussurros da Eternidade";
Por meio deles, falarei contigo eternamente.
Incógnito, andarei a teu lado
Protegendo-te com braços invisíveis,
E assim que conheceres o meu Bem-Amado
E ouvires a Sua voz no silêncio,
Reconhecer-me-ás novamente, mais tangível
Do que me conheceste na Terra.
Mas quando eu for somente um sonho para ti,
Voltarei para te lembrar que tambem não passas
De um sonho do meu Bem-Amado Celestial.
E quando souberes que és um sonho, como eu agora sei,
Estaremos despertos Nele para sempre.

Paramahansa Yogananda

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